"A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade... Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real." Rui Barbosa



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

REFORMA DO CÓDIGO PENAL





Foto: Ministro Gilson Dipp

Reforma do CP

Comissão de juristas deve propor extinção de tipos penais e ampliação dos casos de aborto legal


Cumprimento da pena em cela individual, fim do regime aberto e ampliação das possibilidades de aborto legal: essas são algumas das propostas quem têm sido debatidas pela comissão de juristas que trabalha na proposta da reforma do CP. Na última sexta-feira, 10, ocorreu a primeira reunião do ano da comissão.


Conforme explicou o ministro Gilson Dipp, do STJ, presidente da comissão, na parte geral poderá haver a redução dos regimes de cumprimento de pena. Dos atuais regimes - fechado, semiaberto, aberto, e domiciliar - ficariam apenas o fechado e o semiaberto. Também deve ser revogada a lei das contravenções penais (decreto-lei 3.688/41), transferindo-se para o CP poucos tipos que possam ser considerados crimes.


Outra modificação discutida pela comissão diz respeito ao tráfico de pessoas. O objetivo é criminalizar também o tráfico de pessoas para fim de trabalho forçado e para comércio de órgãos.
Nos crimes contra a liberdade sexual, a comissão considera criar um tipo específico para "introdução sexual de objeto", além de reduzir a idade da vítima no "estupro de vulnerável" de 14 anos para 12.


Cronograma
  • 24/2 - audiência pública no TJ/SP, para coletar sugestões da sociedade, especialmente em relação aos crimes contra a vida. OAB e associações de magistrados e de procuradores devem se manifestar;
  • 9/3 - última reunião dos juristas para deliberar sobre a parte geral do anteprojeto;
  • 30/3 - será a vez de discutir a parte especial;
  • 13/4 - ocorrerá um seminário em Aracaju/SE.
Ainda será agendada uma audiência pública conjunta com a CCJ.
A comissão tem até o final de maio para elaborar o anteprojeto a ser analisado pelo Congresso Nacional.

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