Dilma pode quebrar tradição na posse de Joaquim Barbosa no STF
A ausência ( quase certa) da presidente Dilma Rousseff na cerimônia de posse do ministro Joaquim Barbosa na presidência do STF, marcada para o próximo dia 22, irá quebrar uma tradição na história do Judiciário. Em todas as posses dos chefes do Poder Judiciário o presidente da República sempre está presente. Tanto isso é verdade que a própria Dilma, em abril deste ano, esteve no Supremo na posse do atual presidente, Carlos Ayres Britto.
Este ano, no entanto, Dilma não esteve presente na solenidade de abertura do ano judiciário, ao contrário do que fazia o seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. A presidente também não esteve presente nas solenidades de posse de dois ministros que foram indicados por ela para o STF, Luiz Fux e Rosa Weber. No próximo dia 29, o STF dará posse ao terceiro ministro indicado por Dilma, o catarinense Teori Zavascki. A sua presença também é incerta.
Temer
Um dia antes da posse de Joaquim Barbosa na presidência do STF, o vice-presidente da República, na condição de presidente em exercício, Michel Temer, e a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, irão participar, em Belém, no Pará, da solenidade de abertura do XXI Congresso Brasileiro de Magistrados, que terá como tema 'O Magistrado no Século XXI: Agente de Transformação Social'. Temer irá na condição de presidente da República em exercício em virtude de viagem da titular do cargo, Dilma Rousseff, para a Espanha.
NOTA DO EDITOR: A quebra do protocolo oficial é inaceitável, porque embora a posse seja um ato político, não se está diante de alguém que se vai enquanto outro fica, mas sim que ambos ficam como representantes máximos de dois dos três poderes da República Federativa do Brasil. Em assim se procedendo, vejo, com todo o respeito, muita irresponsabilidade por se deixar levar para o lado pessoal e/ou partidário o julgamento do mensalão, e avizinho um convívio que pode estremecer o fortalecimento de nosso Estado Democrático e Social de Direito. Precisamos, nesses momentos, penso, sermos mais patriotas, pensar mais no coletivo e menos no individualismo, deixando de lado qualquer rancor.
Em se concretizando o anunciado, lamentamos profundamente o fato.
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